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Aula de cabeleireiro devolve a autoestima a pessoas carentes

Projeto Tesourinha já formou mais de 43 mil profissionais da beleza em todo o País desde 1992; conheça

21 jul 2014 - 13h00
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Promover o desenvolvimento pessoal, a qualificação profissional e a autoestima de jovens e adultos carentes que pretendem ingressar no mundo da beleza. Esse é o objetivo do Projeto Tesourinha, idealizado pelo cabelereiro Ivan Stringhi, 46 anos, na comunidade do Jardim Arpoador, zona oeste de São Paulo.

Stringhi formou 43 mil profissionais do ramo no País desde 1992, (1.100 deles nos Estados do Pará e da Bahia), com aulas gratuitas de assistente de cabelereiro (inicial e avançado), depilação, design de sobrancelha, manicure e pedicure, e maquiagem. “Faço tudo com muito amor porque, no fim das contas, quem mais sai ganhando sou eu ao ver os alunos se desenvolvendo nessa carreira”, diz.

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O projeto é financiado por empresas privadas e funciona, atualmente, em um viaduto sob a Avenida Ibirapuera, em São Paulo. É considerado Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, e tem 15 profissionais contratados. Mantém filiais no Serviço de Apoio Sócio Educativo de Capacitação e Orientação Profissional (Sacecop), na Bela Vista, no Lar das Crianças, em Santo Amaro, e em Barueri. A meta é chegar a São José dos Campos, no Vale do Paraíba, até o final de 2014.

O insight para criar o projeto veio quando Stringhi retornou ao Brasil, depois de oito anos morando no Canadá, ao observar as condições sociais no Jardim Arpoador. Motivado por um taxista, ele conversou com um padre sobre os trabalhos sociais que eram realizados na região. “Comecei a ajudar os moradores com cursos de especialização na área de beleza para que conseguissem um novo emprego”, conta.

Profissionais encaminhados a salões tradicionais

A escolha pelos baixos do viaduto como local para o funcionamento do projeto se deu por conta da “falta de liberdade de trabalho na comunidade”, explica Stringhi. “As pessoas de rua são muito maltratadas e fica difícil lapidá-las para fazer o trabalho, elas vêm sem esperança e desacreditadas.”

A idade mínima para participar do projeto é de 16 anos e o processo de seleção consiste em entrevista, acompanhamento psicológico e conversa com o responsável da disciplina escolhida pelo candidato, para evitar a evasão durante o curso. “Muitos de nossos alunos são direcionados para profissionais como a Priscila Bento, no salão 1808, no bairro dos Jardins, ou o Eddie Murphy, sócio do Blitz Mania, no Shopping Villa Lobos.”

“Metade dos alunos monta salões em suas casas, mas futuramente nós queremos torna-los microempreendedores para o trabalho ser feito corretamente.” A meta agora é tornar o projeto autossustentável, pois de acordo com Stringhi, “se cada aluno tivesse condições de pagar R$ 70,00 por mês, poderíamos colocar o Tesourinha em todo o País”.

Fonte: Dialoog Comunicação
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