PUBLICIDADE

Baby yoga traz benefícios para mães e bebês

Compartilhar

Depois da popularização da prática milenar da ioga, agora, uma nova versão vem ganhando mais adeptos: a baby yoga. Trata-se de aulas na companhia de bebês. Não que eles sejam orientados a fazer os ássanas, mas, sim, ajudam as mamães na realização das posturas.

» Chat: tecle sobre o assunto
» vc repórter: mande fotos
e notícias

Mães e bebês desfrutam dos benefícios do ioga juntos, fazendo as posturas adaptadas, como a da árvore
Mães e bebês desfrutam dos benefícios do ioga juntos, fazendo as posturas adaptadas, como a da árvore
Foto: Divulgação


"As mães estão percebendo que podem fazer atividades junto com seus bebês, como exercícios ou ir ao cinema", afirmou Katia Barga, instrutora de ioga desde 2005 e que se interessou pela prática com bebês enquanto ainda estava grávida da filha, que hoje tem um ano e sete meses.

Os benefícios são mútuos. Para as mães, ajuda na recuperação da boa forma no pós-parto, não apenas para restaurar a silhueta, mas também para fortalecer as costas, peito e períneo, além de trabalhar o realinhamento postural, proporcionar alívio de dores geradas pela amamentação e das tarefas diárias como a de carregar o bebê.

A prática também ajuda a reduzir as tensões, auxilia no equilíbrio hormonal e mental, além de aprofundar o vínculo de mãe e bebê. "Nos bebês, previne as cólicas, ajuda a conquistar um sono mais profundo, estimula a flexibilidade natural, além do desenvolvimento psicomotor", afirmou Ana Paula Malagueta Gondim, professora há oito anos e instrutora de gestantes e de preparação para o parto, assim como no pós-parto com as mamães e bebês.

Mesmos princípios
"Na Índia, berço da filosofia, já vem sendo praticado há milênios pelas famílias que seguem as rotinas do Ayurveda, como a shantala (massagem para bebês) e a ioga. É uma adaptação para uma necessidade e um público específico, como acontece no trabalho para gestantes, terceira idade ou deficientes visuais", afirmou Ana Paula. A diferença está no formato da prática e seu ritmo, mais livre e descontraído, mas não menos íntegro. As posturas são as mesmas, porém, integradas para que mãe e bebê pratiquem juntos. Assim como os mantras, os pranayamas (respirações) e todas as demais técnicas.

É possível começar as aulas com bebês a partir de um mês, mas alguns profissionais recomendam esperar até os dois ou três meses, quando eles estiverem começando a ficar mais firmes.

A vantagem de se iniciar as aulas com os filhotes bem jovens é que as mães vão se fortalecendo junto com os bebês. "Facilita em vez de começar a fazer os exercícios com uma criança mais pesada", disse Katia.

Na verdade, quem vai dizer se está pronto para praticar ioga com a mamãe é o próprio bebê, que deve se divertir e sentir-se relaxado nas aulas. "A mãe deve ficar atenta se ele não fica estressado durante os exercícios", afirma a instrutora e especialista em medicina comportamental Thais Godoy, que indica ioga para bebês a partir dos três meses.

E a prática pode ser feita até quando ele aceitar. "Não existe tempo certo, deve ser realizada enquanto a dupla funcionar bem", afirmou a instrutora. Para as mulheres, se o parto foi normal, a prática pode ser iniciada quando ela se sentir preparada, mas se foi por cesariana, é necessário aguardar pelo menos um mês. E não é necessário que a mãe tenha praticado ioga anteriormente.

Choro na aulas
Se os bebês não querem fazer todos os movimentos com as mães, são liberados para ficar brincando e, aqueles que já engatinham ou andam, ficam livres para se divertir enquanto as mulheres se exercitam, num cenário diferente das aulas apenas com adultos.

"O ritmo da prática é diferente e, muitas vezes, segue o ritmo do bebê. Se ele chora, indico que a mãe pare um pouco e veja do que ele precisa. E ela vai se acostumando a fazer as posturas com total concentração na ação realizada e ainda a ouvir atentamente as necessidades de seu filho, e isso é ioga. É atenção na ação, é aprender que a prática continua fora do tapetinho, durante 24 horas por dia. Por isso, digo que os choros, barulhos e brincadeiras não atrapalham em nada e sim são estímulos para fortalecer nossa concentração", disse Ana Paula.

A prática é feita sempre entre mãe e bebê. Por isso, no caso de gêmeos, será necessário convocar a participação do pai ou de um acompanhante nas aulas.

Antes de iniciar a prática, é indicado checar a qualificação do profissional, que deve ter se especializado no trabalho com gestantes e pós-parto. Segundo Ana Paula, o ideal é fazer aulas uma ou duas vezes por semana, com duração de 30 minutos a uma hora cada.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade