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Bonecas negras mostram que visibilidade importa

Marcas abrem mão dos estereótipos para que as crianças possam se identificar com suas bonecas

11 fev 2016 - 13h08
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A popularização das bonecas negras reforça a importância de evidenciar a diversidade cultural desde os primeiros anos da infância. Diversas marcas vêm abrindo mão dos estereótipos e proporcionando que as crianças encontrem traços em seus brinquedos com os quais possam se identificar.

Modelo caribenha desenvolveu linha de bonecas negras.
Modelo caribenha desenvolveu linha de bonecas negras.
Foto: Reprodução/Instagram / Vivo Mais Saudável

Além da luta por mais igualdade racial, oferecer opções variadas também desperta a discussão sobre o fim do preconceito . Até mesmo a velha história de que meninas brincam de boneca e meninos brincam de carrinho está ultrapassada.

A importância das bonecas negras

Pele e olhos claros, cabelos lisos, corpo esguio. Essa era a descrição de quase todas as bonecas infantis. No entanto, especialmente em um país com uma diversidade cultural tão grande como é o Brasil, as opções se mostravam bastante limitadas.

Em meio a um momento de discussões sobre o fim das diferenças sociais, culturais e de gênero, a indústria viu a oportunidade de mexer nessa questão. Se antes as crianças negras não encontravam brinquedos nos quais se enxergassem, agora as novas opções de bonecas negras possibilitam mais diversão para o dia a dia.

Pesquisadores e cientistas sociais afirmam que a oferta das bonecas negras pode ajudar. Para os especialistas, ao se presentear uma criança com um brinquedo que possua traços semelhantes aos seus, estimula-se a elevação da autoestima e encoraja-se o reconhecimento da própria identidade.

Além disso, assim como uma criança negra deve ter bonecas com outras características, as bonecas negras também podem ser usadas por pequenos de pele clara. Essa é uma forma de incentivar o público infantil a reconhecer a diversidade, fazendo com que eles se tornem adultos que respeitem essas diferenças.

Barbie ganhou novos biótipos, tons de pele e tipos de cabelo.
Barbie ganhou novos biótipos, tons de pele e tipos de cabelo.
Foto: Divulgação / Vivo Mais Saudável

De olho na diversidade

A Barbie, marca tradicional do mercado de bonecas, surpreendeu ao anunciar no início de 2016 três novas versões de corpo - tall, curvy e petite -, sete tons de pele, 22 cores de olhos e 24 estilos de cabelo. Ela segue a tendência de outras empresas que já haviam lançado coleções inspiradas na beleza real.

Uma delas foi a linha Malaville, desenvolvida pela modelo caribenha Mala Bryan. São quatro bonecas com cabelo afro e diferentes tons de pele negra: Mala, Malina, Maisha e Mhina.

Segundo a Mattel, fabricante da Barbie, o objetivo é oferecer mais opções para o público. "Estamos animados com o lançamento das novas bonecas. A variedade nos tipos de corpo, tons de pele e estilos permitirá que as meninas encontrem uma boneca que fale diretamente com elas", afirmou em comunicado Evelyn Mazzocco, vice-presidente sênior e gerente geral global da marca Barbie.

Por outro lado, segundo uma reportagem da revista Time, a mudança foi motivada pela queda das vendas, devido à popularização de brinquedos da Disney e da Lego. O veículo americano também afirmou que a Mattel fatura mais de 1 bilhão de dólares em vendas anualmente, estando presente em mais de 150 países. Nos Estados Unidos, 92% das meninas entre 3 e 12 anos possuem uma Barbie.

A maior diversidade de modelos pode sanar algumas inseguranças causadas pelo biótipo até então único da boneca. Segundo um estudo publicado no periódico Developmental Psychology, em 2006, meninas que brincavam com uma boneca Barbie revelaram maior preocupação com a beleza que aquelas que usavam outras bonecas.

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