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Cameron Diaz critica depilação íntima em livro: 'ideia maluca'

"Os pelos púbicos servem como uma linda cortina àquele que talvez esteja cortejando a sua sexualidade", defendeu a atriz

20 jan 2014 - 16h50
(atualizado às 20h33)
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Foto: Getty Images

Um livro recém-lançado pela atriz americana Cameron Diaz vem gerando debates acalorados ao defender que as mulheres mantenham seus pelos pubianos. O manifesto da estrela de Hollywood, conhecida por filmes como O Máscara e As Panteras, aparece em apenas uma página, dentro de um capítulo da obra chamado "Praise of Pubes" ("Louvor aos pelos pubianos", em tradução livre), mas foi suficiente para causar polêmica, sobretudo nas redes sociais.

Nele, Diaz, de 41 anos, divaga sobre os benefícios dos pelos pubianos e critica procedimentos estéticos que os eliminam em caráter definitivo.

"Os pelos púbicos servem como uma linda cortina àquele que talvez esteja cortejando a sua sexualidade. Eles mantêm os seus tesouros privados, o que pode atiçar um amante a dar uma olhada no que você tem para oferecer", filosofa a atriz.

"Ouvi falar um dia desses que há uma moda entre as mulheres mais jovens de depilar totalmente suas partes íntimas com laser (...) Pessoalmente, eu acho que esse procedimento permanente soa como uma ideia maluca", completa, já que o procedimento seria irreversível.

Lançado no fim do ano passado, o livro de autoajuda de Diaz, intitulado The Body Book: Feed, Move, Understand And Love Your Amazing Body (editora Harper Collins, 263 páginas) ("O Livro do Corpo, Alimente, Movimente, Entenda e Ame o seu Corpo Perfeito", em tradução livre), traz dicas da atriz sobre nutrição, exercícios físicos e saúde mental.

Controvérsia

A polêmica gerada pelo livro da atriz não é nova. Ocasionalmente o assunto reaparece no noticiário, polarizando opiniões de conservadores e feministas.

Na edição desta segunda-feira do jornal liberal britânico The Guardian, a escritora Emer O'Toole fez uma defesa apaixonada do tema, creditando a eliminação dos pelos à sede por lucro da indústria de beleza.

Citando dados estatísticos, O'Toole afirma que, antes da Primeira Guerra Mundial, praticamente nenhuma mulher depilava as pernas. Já em 1964, acrescenta ela, mais de 64% já retiravam os pelos.

"O ímpeto capitalista de nos convencer que o pelo no corpo feminino é antinatural e anti-higiênico vem sendo alarmantemente bem-sucedido. A indústria de depilação movimenta milhões, e um sem número de mulheres se sentem envergonhadas e aflitas com o seu pelo pós-puberdade. Mas a indústria é gananciosa. Ela tem de convencer o mundo que o pelo púbico feminino também é sujo. Agora, tenta convencer as pessoas de que o pelo no corpo do homem também é igualmente inaceitável."

Nos Estados Unidos, a loja de roupas American Apparel também aderiu à polêmica, ao expor manequins femininos com pelos pubianos à mostra.

Brasil

Recentemente, o Brasil viveu controvérsia semelhante. No ano passado, a depilação da atriz Nanda Costa, que posou nua para a Playboy brasileira, roubou a cena, provocando uma enxurrada de comentários nas redes sociais.

Na década de 80, a atriz Cláudia Ohana passou pela mesma sabatina pública devido ao excesso de pelos também em ensaio nu para a mesma revista.

Segundo alguns estudos sobre saúde da mulher, a depilação total dos pelos pubianos pode aumentar o risco a infecções vaginais, mas não há um consenso entre especialistas sobre o quanto deve ser cortado ou depilado.

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