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Val Marchiori: "faço drenagem para tirar o champanhe do corpo"

4 set 2012 - 10h53
(atualizado às 11h22)
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Depois de um passeio pelo elevador de serviço de um prédio de alto - altíssimo - padrão no Jardins, zona oeste de São Paulo, a equipe do Terra foi recepcionada por uma simpática empregada, vestida com uniforme impecável: "não era para vocês subirem por aí". Passando pela lavanderia e cozinha, um corredor  cheio de portas leva até a sala. Ali, a mesa com 12 cadeiras divide espaço com uma luminária em formato de cavalo com cerca de dois metros de altura. Qualquer discrição do ambiente é quebrada por um sonoro "hello!", vindo da dona do apartamento de 850 m², a socialite Val Marchiori.

"Eu não sei ficar feliz se meu corpo não estiver bonito", disse a socialite
"Eu não sei ficar feliz se meu corpo não estiver bonito", disse a socialite
Foto: Léo Pinheiro / Terra

Veja quanto custa ser uma "mulher rica"

Val ganhou as páginas de jornais em 2011 depois do reality show Mulheres Ricas, na Band. Hoje, após assinar contrato com a Record para fazer um quadro sobre "luxo" no Programa da Tarde, ela acaba de voltar de uma viagem à Miami e não esconde seu encanto por tudo o que o dinheiro pode proporcionar. Com jeans, blazer azul e cabelos irretocáveis, ela segura uma nécessarie da Louis Vuitton, um blackberry e um Ipad enquanto pede para aumentar o ar condicionado e trazer sua “tacinha dourada”.

Do outro lado do corredor, o “cantinho de beleza de Val”, que tem metragem suficiente para um apartamento pequeno, é um quarto repleto de espelhos, com uma banheira de centro e uma bancada cheia de maquiagens organizadas lado a lado, que vão desde os caríssimos cosméticos da Dior e o perfume Clive Christian, a produtos de marcas populares, como Nívea e O Boticário. Ao lado, um closet com várias portas se divide em prateleiras e gavetas com peças de roupas, acessórios e incontáveis sapatos de grife. Entre eles, os da grife Christian Louboutin, que são os preferidos da socialite.

Ainda assim, nem mesmo os quadros em branco e preto distribuídos pelas paredes, o álbum de fotos com o retrato de Val na capa e os livros de moda espalhados pela casa ofuscam a presença das crianças que moram ali. Na varanda, duas minimotos elétricas e um patinete deixam parte do apartamento com a cara de Eike e Victor, de sete anos, filhos gêmeos da socialite.

A desbocada Val que todos conheceram no reality show é a mesma que atende a reportagem. Fala pelos cotovelos, se diverte com suas compras e não tem pudor ao falar de sua vida social. Retocando a maquiagem a todo o tempo, ela conta que já subiu no pé de uma árvore para matar a fome antes de ser socialite, diz que ganhou 42 kg durante a gravidez, colocou silicone, fez lipoaspiração, faz a unha três vezes por semana, passa batom toda vez em que beija na boca, se sente satisfeita com os 63 kg distribuídos em 1,76 m e faz uma dieta líquida à noite. “Faço drenagem linfática para tirar o champanhe do corpo“, conta em meio a gargalhadas.

Em entrevista para o Terra, Val explica como mantém a boa forma e enumera os hábitos de beleza para ficar “magrinha, linda e loira“, como ela mesma define. Confira a seguir.

Terra: O que mudou na sua vida depois da fama? Você acha que ficou mais vaidosa?

Val Marchiori: Eu sempre fui vaidosa, desde que nasci. Com sete ou oito anos eu já vendia Avon. Só que a televisão é cruel, você tem que estar sempre bem. Mas eu não faço tipo, não tenho um cabeleireiro por causa de televisão, tenho um cabeleireiro porque eu gosto de estar sempre bem, é uma coisa minha. Acho que hoje em dia você pode estar bem, pode estar mais bonita, pode se cuidar. E eu adoro isso.

T: Como é sua rotina e seus cuidados de beleza?

VM: Eu acordo e vou direto para a academia. Não consigo malhar à tarde, só de manhã. Eu corro 9 km e faço aulas de transport para deixar o bumbum durinho. O bumbum cai, tem que malhar.

Aí eu faço hidratação no cabelo um dia sim e outro não e faço as unhas pelo menos três ou quatro vezes por semana. Sempre passo maquiagem boa, com protetor, e no fim do dia limpo bem a pele, passo demaquilante e uso meus creminhos manipulados. Sempre que posso, pelo menos uma vez por semana, também faço drenagem linfática para tirar o champanhe do corpo.

T: Como surgiu a ideia de ter um cabeleireiro particular?

VM: Quando cheguei no Marco Antônio (de Biaggi) e demoraram muito para me atender, eu não gostei. Aí falei: “vou levar ele lá pra minha casa”. Demorou muito. Falei: “Dudinha, vamos comigo, vai!”. Ele também já estava querendo sair e a gente juntou as duas coisas.

T: Ele mora com você?

VM: Não, imagina. Ele nunca morou aqui. Aliás, ele atende várias pessoas aqui do meu prédio. A mídia fala que é exclusivo, mas não é. Eu pago para ele mensalmente e ele vem sempre que preciso. Gasto menos que no salão, na verdade. A gente tem esse acordo, sempre que eu preciso, ele vem de manhã, me arruma e depois faz a agenda dele.  Mas ele atende várias.  Aqui mesmo no meu prédio, ele atende umas três ou quarto mulheres.

T: Ele que faz sua maquiagem também?

VM: Faz. Ele é maquiador e cabeleireiro.

T: Mas você consegue fazer a maquiagem sozinha se precisar?

VM: Claro, eu faço super bem. Eu desfilava, né? A gente tem que ter o truque.

T: E o cabelo?

VM: Cabelo não. Eu sou preguiçosa. Cabelo é mais difícil, às vezes eu peço para umas amigas quando eu viajo. Eu falo “hoje eu não tô podendo, não quero ir no salão”. Todo dia quando eu viajo, eu já acordo, tomo café e vou para o salão. Não sei sair se meu cabelo não estiver arrumadinho.

T: Como você cuida do seu corpo? Tem facilidade para engordar?

VM: Eu não tenho facilidade para engordar, mas eu sou regrada. Eu sou da lei da compensação. Se eu saio para almoçar com uma amiga e exagero, à noite eu como menos. Além disso, adoro frutas. Desde que eu era pobrinha, quando não tinha comida em casa, subia no pé de laranja para comer. Infância pobre, mas saudável.

A melhor dieta é da minha vó. Ela é magra e linda até hoje. À noite é líquido, líquido e líquido. Depois das 18h eu costumo não jantar, a não ser se tiver um evento.

T: Champanhe faz parte disso?

VM: Claro, champanhe é líquido. Champanhe pode e não engorda.

T: De vez em quando você se permite comer um hambúrguer ou um doce?

VM: Eu não ligo não de comer besteira. Mas uma vez por semana, por exemplo, quando eu saio com os meus filhos, eu como. Também não sou do tipo que não come nada. Eles adoram, né? Que criança que não gosta de hambúrguer e batata frita? Aí eu como um pouquinho com eles, mas não é sempre.

Durante a gravidez dos seus filhos você engordou 40 kg. Como você encarou essa fase?

VM: Engordei 42 kg, foi inacreditável. Era outra Val, não era eu aquela lá. Nunca tinha engordado assim, fiquei muito triste. Eu tive uma gestação complicada. Não podia fazer exercícios porque uma das crianças estava muito baixa e o médico falou: “ou você fica de repouso, ou você pode perder”. Aí eu resolvi ser mãe. Eu sou vaidosa, mas não a ponto de colocar em risco a vida do meu filho. Aí eu quietinha, não podia andar. Aí, no quinto mês eu já estava gorda porque só comia.

Minha autoestima ficou baixa e horrível. Eu não sei ficar feliz se meu corpo não estiver bonito. Eu tenho que me olhar no espelho e gostar do que eu estou vendo. Não adianta você estar toda de Chanel se seu corpo é feio. Eu prefiro estar de jeans, magrinha, linda e loira.

T: Como você fez para emagrecer?

VM: Com tudo na vida, eu sou muito decidida do que eu quero. Eu me olhei no espelho e falei: “essa aqui não sou eu, não”.  Eu estava uma vaca holandesa. Horrível, umas pernas enormes. Aí eu resolvi mudar e emagrecer. Eu tomava suco de melancia o dia inteiro, comia ovo cozido e salada. Em um mês e meio eu já estava com 20 kg a menos. Foi loucura, eu sou drástica mesmo. Depois, com três meses eu perdi o resto.

Eu me olhava no espelho e falava: “amanhã eu quero estar com um quilo e meio a menos”. Quando sentia fome e ficava fraca, ia dormir. Na época, não fazia nada de exercícios. Primeiro eu emagreço, depois eu malho. Minha resistência estava muito baixa. Aí eu emagreci tudo o que eu queria e depois fui para a academia fazer musculação e enrijecer.

T: E hoje você do que vê no espelho?

VM: Gosto muito.  Gosto muito do meu seio, gosto das minhas coxas. Meu pai me apelidou de “bailarina das coxas grossas” porque eu andava muito a pé quando era pobrinha, aí eu fiquei com as coxas grossas.

T: Mas tem alguma parte do corpo que você não gosta?

VM: Ah, eu podia ter olho claro que nem meus irmãos. Dá uma raiva. Mas tá bom assim. Perfeição também não existe, né? Não tem o que eu não goste em mim, eu estou bem.

T: Você já fez alguma cirurgia plástica?

VM: Coloquei silicone depois que as crianças nasceram e fiz lipo na parte inferior da coxa e no culote.

T: Faria outra?

VM: Se precisasse, faria. Mas eu sou mais adepta a malhar. É claro que se você nasceu com o nariz enorme e quer fazer, tem que fazer mesmo. Mas não sou dessas mulheres que engordam, vão lá e correm para a lipo. Isso eu não faço. Tem que se esforçar, né? Ficar só na faca não dá, né? Hello!

Tem umas amigas aí que estão defeituosas. Tem uma hora que a pele não aguenta. Estica e vai, estica e vai até que não dá mais. Cirurgião não faz milagre.

T: Para você, qual a maquiagem ideal para o dia e para a noite?

VM: Gosto do olho marrom para o dia, uma base, um brilhinho e você já está ótima. Gosto de delineador e do meu batom Hello da Tracta também. Para a noite, gosto de um olho mais preto e um batom mais mulher fatal.

T: Quais as marcas e cores de esmalte que você mais gosta?

VM: Eu adoro os esmaltes da Chanel, da Tracta e da Sephora. Para o verão, adoro laranja e vermelho. Para o inverno, um marrom ou um vinho. Vinho deixa a mão chique.

T: O Duda, seu cabeleireiro, disse uma vez que você não gosta de prender o cabelo porque fica com cara de pobre. Tem algum hábito de beleza ou peça de roupa que você não usaria de jeito nenhum pelo mesmo motivo?

VM: Ele não falou isso. A mídia colocou isso de uma maneira maldosa. Na verdade, eu até gosto de prender, mas acostumei com o cabelo solto. Imagina, tem cada penteado que você fica com uma cara de rica. Isso é besteira. É maldade. Ele é meio preguiçoso. Às vezes eu falo pra ele: “Duda, vamos fazer um cabelo preso?”. Ele fala que não. Ele pensa que eu sou a boneca dele. Dá até raiva.

Mas tem algumas coisas que eu não usaria. Muita onça tudo junto não dá. Onça no vestido, onça no sapato, não dá. Coloca uma oncinha só. E olho muito colorido, tipo todo azul, rosa não é chique. Fica meio vulgar.

T: Você se considera uma it girl?

VM: Ai, nunca parei para pensar nisso. Tem algumas pessoas que falam: “olha o batom da Val, a roupa da Val”. Mas eu não sou encanada assim. Nem sei se eu quero, deixa assim. Acho que as coisas acontecem naturalmente. Não quero ser referência para ninguém. Tem quem goste e quem não goste. Eu só sei que eu sou vaidosa, muito vaidosa.

Quando eu namorava, sempre ouvia: “para de passar batom”, e respondia “toda vez em que eu beijo, tenho que passar batom”. Ai, esse é meu jeitinho, né?

T: E agora você está solteira?

VM: Estou solteira, mas muito feliz.

T: Solteira mas não sozinha?

VM: Quem sabe? Hahaha

T: Quais dicas você daria para as socialites que estão em ascensão?

VM: Tem que procurar ter seu estilo, né? Não dá para usar só o que você vê na moda, na revista e nos outros. Tem que ter seu estilo e ser autêntica. O que você mais vê são pessoas que copiam as outras. O ser humano é igual boiada, aonde um vai, outro vai atrás. É difícil um que sai da boiada.

T: Quais são as peças do seu guarda-roupa que você mais gosta?

VM: Eu tenho um vestido pretinho tomara-que-caia que dá com tudo, uma bolsa da Chanel que eu sempre levo para baixo e pra cima e meus sapatos Louboutin, que eu amo. Louboutin eu só tiro para dormir. Não dá, né?

T: Você comentou uma vez que a Paula Fernandes poderia se vestir melhor. Tem alguma outra pessoa que, se você pudesse, repaginaria o visual?

VM: É demais o modelito dela. Eu acho que ela poderia melhorar, contratar alguém. Hoje ela é uma cantora renomada, adoro as músicas dela, fui ver o show, mas os modelitos são muito ruins. Muito cafoninhas aquelas coisas de quadrilha. Não gosto. Ela é linda, só falta um personal stylist. Se ela quiser me contratar, cobro caro. Ia levar direto na Chanel. Imagine que linda com cara de rica?

Mas tem uma lista de pessoas que se vestem mal. A Brunete, por exemplo, coitadinha, é outra que precisa urgente de um Esquadrão da Moda (reality show que ensina como se vestir bem e ter estilo).

Fonte: Terra
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