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Depilação com cera pode transmitir hepatite e até HPV

5 abr 2012 - 09h05
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Por ser rápida e arrancar os pelos desde a raiz, deixando a pele lisinha e macia em poucos minutos, a cera ainda é a técnica de depilação preferida pelas mulheres. Mas é também aquela que mais oferece riscos à saúde. Afinal, muitos estabelecimentos reutilizam o produto em clientes diferentes, aumentando as chances de transmitir doenças.

Além da cera, a espátula utilizada para colocar o produto na pele também é um meio para o contágio de doenças
Além da cera, a espátula utilizada para colocar o produto na pele também é um meio para o contágio de doenças
Foto: Shutterstock / Terra


"A reutilização do produto depilatório pode transmitir infecções bacterianas, como foliculite, micoses, infecções virais, como verrugas ou herpes, e até mesmo hepatite", alerta César Clemente Cuono, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).



Vale ressaltar que, após utilização do material depilatório, os profissionais devem sempre fazer o descarte da cera, pois só desta forma é possível reduzir os riscos de contaminação.



"Além disso, é essencial lavar bem todos os utensílios que entraram em contato com a pele ou com o sangue da cliente, assim como proceder com a correta esterilização das ferramentas, de preferência, por autoclave (aparelho muito utilizado em laboratórios de pesquisas e hospitais para a esterilização de materiais)", informa.



HPV

A depilação íntima, quando feita sem o devido cuidado com a higiene, pode ocasionar vários problemas, inclusive a transmissão do vírus HPV, responsável por lesões genitais de alto risco, precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero.



"Se a cera utilizada para depilar a região íntima da cliente com o vírus HPV for usada de forma coletiva, ela pode contaminar a próxima pessoa que passará pelo procedimento. Por isso, as mulheres precisam estar atentas às condições de higiene do local e certificar-se de que a depiladora não reaproveitará o material", alerta Vânia Carolina Piccinni, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).



Kit individual

Além da cera em si, a espátula utilizada para retirar o produto do recipiente e colocá-lo na pele também pode se tornar um meio para contaminação, o que torna ainda mais necessário o investimento nos kits individuais de depilação. "Assim como o kit manicure é essencial para a saúde da mulher, um conjunto próprio de ferramentas é a melhor forma de evitar que os problemas com infecções aconteçam", aconselha.



Agência Hélice,
Especial para o Terra
Fonte: Terra
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