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Remédio derivado da vitamina A promete dar fim às espinhas

15 jul 2014 - 13h00
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Medicamento isotretinoína derivado da vitamina A facilita o combate à acne severa num período que varia de seis a doze meses
Medicamento isotretinoína derivado da vitamina A facilita o combate à acne severa num período que varia de seis a doze meses
Foto: Shutterstock

Martírio da maioria dos adolescentes e até de alguns adultos, a acne se desenvolve quando os poros da pele ficam obstruídos por excesso de oleosidade, células mortas ou bactérias. Apesar disso, elas podem ser controladas com ácidos, sabonetes específicos e até por medicamentos eficazes, como é o caso da isotretinoína, que é derivada da vitamina A. 

Presente nas áreas que apresentam uma maior quantidade de glândulas sebáceas, como rosto, pescoço, busto, costas e ombros, a acne tem tudo para deixar de ser um problema com a ação deste novo ativo. Isso porque, segundo Elisabete Dobao, dermatologista, membro da Academia Europeia de Dermatologia (EADV), o remédio feito a partir do nutriente reduz o tamanho das glândulas que produzem sebo, assim como a quantidade de óleo que elas fabricam. “Como as bactérias da acne vivem nesta secreção oleosa, elas também diminuem bastante”, explica. 

Além disso, a substância retarda a produção das células da pele dentro dos poros, fazendo com que eles não fiquem obstruídos, e conta com propriedades anti-inflamatórias, que combatem as bactérias causadoras da acne e ajudam a diminuir o tamanho das espinhas, controlando, inclusive, a vermelhidão e coceira tradicionais. 

Embora seja derivado de uma vitamina, o medicamento tem a sua dose diária calculada com base no peso do paciente. Geralmente, a quantidade gira em torno de 0,5 a 1mg por quilo, de acordo com a especialista. Por isso, uma pessoa de 60 kg, por exemplo, precisa de 30 a 60mg, mas nada impede que a quantidade seja um pouco menor ou maior. “A dose diária é iniciada, normalmente, com uma dosagem menor, podendo ser aumentada conforme a adaptação ou não do indivíduo em relação ao seu uso”, informa. 

Bastante indicado, sobretudo por conta da rapidez de seus resultados, o medicamento promove uma melhora geral da pele tratada logo depois dos 30 primeiros dias de tratamento, que vai aumentando de acordo com a continuidade do uso. “Dentro de seis meses a um ano, é possível ficar livre de vez do problema”, garante a especialista.  

Efeitos colaterais

Por diminuir o tamanho das glândulas que produzem sebo e a quantidade de óleo produzido, a isotretinoína resseca todas as mucosas do corpo, incluindo os olhos e lábios. Para driblar essas consequências, a dermatologista indica o uso de hidratantes corporais, labiais, colírios e filtros solares. “As outras reações mais frequentes são o queda de cabelo, sangramento de nariz e gengivas, dores de cabeça e musculares, aumento das enzimas hepáticas e lipídeos sanguíneos e depressão, em alguns casos”, completa. 

Segundo Elizabete, o principal efeito colateral, no entanto, é a teratogenicidade, que causa problemas de formação no embrião. Por isso, as mulheres devem adotar um método anticoncepcional 100% eficaz e fazer testes para diagnóstico de uma possível gravidez todo mês. 

Para ambos os sexos, o controle da saúde por meio de exames sanguíneos é fundamental. “Avaliação das taxas de lipídeos, testes hepáticos e hemograma, no período do tratamento, são obrigatórios” adverte. Como o remédio age no fígado, também é importante ficar longe das bebidas alcoólicas para não sobrecarregar o órgão. 

Fonte: Agência Hélice
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