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Técnica promete transformar olho castanho em azul

Procedimento ainda em fase de teste conta com laser de baixa energia, mas especialistas alertam sobre possíveis riscos

19 mar 2015 - 10h38
(atualizado às 11h01)
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Foto: iStock

Você tem olhos castanhos, mas gostaria que fossem azuis? Pois uma técnica em fase de testes no México e na Costa Rica promete alterar permanentemente a cor da íris, podendo custar 5 mil dólares (pouco mais de R$ 16 mil) quando chegar aos Estados Unidos. Oftalmologistas alertam sobre possíveis riscos, como desenvolver glaucoma. Os dados são do jornal Daily Mail.

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“Abaixo de cada olho castanho há um olho azul. A única diferença é que um olho castanho tem uma fina camada de pigmento que cobre a íris azul”, disse Gregg Homer, presidente e diretor científico do Strōma Medical, que testa a novidade.

O procedimento conta com o uso de laser de baixa energia, cuja frequência passa através da córnea do olho, antes de ser seletivamente absorvida pelo pigmento escuro que cobre a íris. Isso faz com que o organismo “inicie um processo de remoção de tecido natural e gradual. Uma vez que o tecido é removido, o azul natural do olho do paciente é revelado”, explicou a empresa. Ao remover o pigmento, a luz poderia entrar pelas pequenas fibras no olho. Assim, quando a luz se dispersa, ela só refletiria os comprimentos de onda mais curtos, o que pareceria azul.

De acordo com Strōma Medical, o processo leva cerca de 30 segundos e, por volta de duas semanas, o olho se torna azul. Até o momento, 17 pacientes no México e 20 na Costa Rica foram submetidos ao tratamento. A empresa espera chegar a 100 voluntários ao longo dos próximos anos.

O oftalmologista Saj Khan, do London Eye Hospital, na Inglaterra, disse que o procedimento poderia entupir os canais de drenagem do olho, fazendo com que a pressão ocular suba. “Se isso acontecer de forma significativa o suficiente, por tempo suficiente, é como se o paciente desenvolvesse glaucoma”, explicou.

“Nós estávamos preocupados com essa questão desde o início, por isso foi a primeira questão testada e medida em nossos estudos pré-clínicos e clínicos iniciais”, escreveu a empresa em seu site sobre o assunto. “Até agora, glaucoma pigmentar não provou ser um problema em nossos estudos pré-clínicos ou clínicos.”

Mark Korolkiewicz, especialista em correção de visão por meio do laser da Ultralase, disse que há diferenças fundamentais entre o procedimento a laser para mudança de cor do olho e cirurgia ocular corretiva. “A regra básica é que ao chegar dentro do olho com um laser há riscos de causar mais danos. Nós só usamos lasers sobre a córnea, a superfície do olho. Esse novo tratamento envolve o uso de laser no interior do olho”, comentou.

A Strōma Medical ainda não respondeu sobre possíveis riscos da técnica.

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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